sábado, 10 de agosto de 2013

Protegendo criminosos condenados.

Uma clara diferença ética!

A verdade e a prática eleitoral.



O petista é, por definição, alguém que pensa em destruir qualquer obra política de terceiros. Jamais construir, edificar, porque alguém poderá, no futuro usufruir da sua "obra".
Mas que obra? O petismo não tem obra alguma. nem bom caráter.
Se você encontra um petista educado, gentil, cuidado! 
Deve estar fingindo. A maioria é "artista" , especialistas na arte de enganar, mentir, caluniar...
Por isso , sempre, apesar de ser uma pessoa de direita, voto em qualquer pessoa que tenha condições eleitorais de destituir o petismo do poder. 
Até um poste.
Sou contra a ideia de criticar todos os partidos e colocá-los na mesma cesta.
Os esquerdistas inventaram isso. E o que a esquerda cria eu não copio.

Propina na Petrobrás.

As denúncias do operador do PMDB na Petrobras: O lobista João Augusto Henriques denuncia cobrança de propina para fechar contratos e diz que dinheiro foi para deputados – e até para a campanha presidencial.

POR: DIEGO ESCOSTEGUY, COM FLÁVIA TAVARES, MARCELO ROCHA, MURILO RAMOS E LEANDRO LOYOLA
O caso da refinaria (Foto: Juan Cruz Sanz )

O caso da refinaria (Foto: Reprodução)
>>Trecho de reportagem de ÉPOCA desta semana:
João Augusto estava em silêncio. Permanecia inclinado à frente, apoiava-se na mesa com os antebraços. Batia, sem parar, a colherzinha de café na borda do pires – e mantinha o olhar fixo no interlocutor. Parecia alheio à balbúrdia das outras mesas no Café Severino, nos fundos da Livraria Argumento do Leblon, no Rio de Janeiro, naquela noite de sexta-feira, dia 2 de agosto. A xícara dele já estava vazia. O segundo copo de água mineral, também. João Augusto falava havia pouco mais de uma hora. Até então, pouco dissera de relevante sobre o assunto que o obrigara a estar ali: as denúncias de corrupção contra diretores ligados ao PMDB, dentro da Petrobras. Diante dos documentos e das informações obtidos por ÉPOCA sobre sua participação no esquema, João Augusto respondia evasivamente. Por alguma razão incerta, algo mudara nos últimos minutos. O semblante contraído sumira. Esperei que o silêncio dele terminasse.

– O que você quer saber?, disse ele.
– Sobre os negócios, respondi.

Foi então que João Augusto Rezende Henriques disse, sem abaixar a voz ou olhar para os lados: “Do que eu ganhasse (no contratos intermediados com a Petrobras), eu tinha de dar para o partido (PMDB). Era o combinado, um percentual que depende do negócio”. A colherzinha não tilintava mais.

Iniciava-se, ali, um desabafo motivado pelas denúncias que ÉPOCA investigava havia cerca de um mês. O caso envolvia a Petrobras – maior empresa do país, 25ª do mundo, com faturamento anual de R$ 281 bilhões. Começara com apenas uma pista: um contrato assinado em 2009, em Buenos Aires, entre o advogado e ex-deputado Sérgio Tourinho e o argentino Jorge Rottemberg. No documento, previa-se que Tourinho receberia US$ 10 milhões de uma empresa no Uruguai, um conhecido paraíso fiscal, caso a Petrobras vendesse a refinaria deSan Lorenzo, avaliada em US$ 110 milhões, ao empresário Cristóbal Lopez, conhecido como czar do jogo na Argentina e amigo da presidente Cristina Kirchner. À primeira vista, o contrato não fazia sentido. Por que um lobista de Buenos Aires se comprometeria a pagar US$ 10 milhões a um advogado brasileiro, de Brasília, caso esse advogado, sem experiência na área de energia, conseguisse fechar a venda de uma refinaria da Petrobras na Argentina?

ÉPOCA foi buscar a resposta em entrevistas com partícipes do negócio, parlamentares e funcionários ligados ao PMDB. O advogado Tourinho era sócio dos lobistas do PMDB, que trabalhavam em parceria com Jorge Zelada, diretor internacional da Petrobras desde 2008 e, segundo João Augusto, apadrinhado do PMDB. A operação San Lorenzo, diz ele, não era um caso isolado. Era mais um dos muitos negócios fechados pelos operadores do PMDB na área internacional da Petrobras. De acordo com João Augusto, todos os contratos na área internacional da Petrobras tinham de passar por ele, João Augusto, que cobrava um pedágio dos empresários interessados. De acordo com ele, de 60% a 70% do dinheiro arrecadado dos empresários era repassado ao PMDB, sobretudo à bancada mineira do partido na Câmara, principal responsável pela indicação de Zelada à Petrobras. De acordo com João Augusto, o dinheiro servia para pagar campanhas ou para encher os bolsos dos deputados. O restante, diz ele, era repartido entre ele próprio e seus operadores na Petrobras – os responsáveis pelo encaminhamento dos contratos.

Segundo João Augusto e outros quatro lobistas do PMDB, o dinheiro era distribuído a muita gente em Brasília. A maior parte seguia para os dez deputados do partido em Minas, entre eles o atual ministro da Agricultura, Antonio Andrade, e o presidente da Comissão de Finanças da Câmara, João Magalhães. O dinheiro, de acordo com João Augusto, não ficava apenas com essa turma. Segundo o relato dele e dos outros lobistas, o secretário das Finanças do PT, João Vaccari, recebeu o equivalente a US$ 8 milhões durante a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010. João Augusto diz que organizou, com Vaccari, o repasse para a campanha de Dilma. O dinheiro, segundo ele, foi pago pela Odebrecht, em razão de um contrato bilionário fechado na área internacional da Petrobras, que dependia de aprovação do então presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, do PT. À Justiça Eleitoral, a campanha de Dilma declarou ter recebido R$ 2,4 milhões da Odebrecht. O coordenador financeiro da campanha de Dilma Rousseff, José de Filippi Júnior, afirma que não conhece João Augusto. “Posso garantir que ele não participou da arrecadação de recursos para a campanha da presidenta Dilma Rousseff, que toda arrecadação foi feita por meio de Transferência Eletrônica Bancária, e que as contas da campanha da presidenta foram aprovadas pelo Tribunal Superior Eleitoral”, diz.

As denúncias de João Augusto são contestadas pelos acusados. Vaccari diz que não era responsável pela tesouraria da campanha de Dilma. Afirma ainda que “todas as doações ao PT são feitas dentro do que determina a legislação em vigor e de uma política de transparência do PT”. Gabrielli diz, por meio de nota, não ter conversado sobre o contrato da Odebrecht com Vaccari. Zelada afirma desconhecer a atuação de João Augusto na intermediação de contratos na Petrobras e nega ter sido indicado pelo PMDB. A Petrobras informou em nota que não comentaria o assunto. Apesar de todas as contestações, a reportagem de ÉPOCA confirmou, por meio de entrevistas em três cidades, vários pontos do depoimento de João Augusto. Investigações oficiais ainda são necessárias para apurar todas as suas denúncias.
>>Continue lendo esta reportagem em ÉPOCA desta semana

Maria do Rosário pega carona na covardia e sai de cena após nova acusação precipitada.

Fugindo da raia – Comunista radical, a petista Maria do Rosário, ministra da Secretaria de Direito Humanos, age covardemente ao abusar do oportunismo. Quando surge qualquer fato que lhe permita colocar os adversários políticos na berlinda, Maria do Rosário não pensa duas vezes, mesmo que para isso entre em cena a leviandade.


Por ocasião do escândalo do “Bolsa Família”, a ministra rapidamente postou no Twitter que o boato sobre o fim do programa que garante ao PT um obediente curral eleitoral era obra da oposição. Covarde, Maria do Rosário saiu de cena depois que o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, reconheceu que a instituição financeira acabou antecipando o pagamento do benefício.

Sem ter coragem e dignidade para se retratar publicamente pelo ato leviano que cometeu, a ministra, que insiste em transformar a Comissão da Verdade em patíbulo da vingança, ficou em silêncio quando a Polícia Federal encerrou a investigação sobre o caso e informou, de forma pífia, que o tal boato foi “espontâneo”.

A mesma Maria do Rosário, oportunista como sempre, há dias condenou por antecipação os policiais militares do Rio de Janeiro acusados pelo desaparecimento do pedreiro Amarildo. As investigações sobre caso continuam, mas a ministra precisou mostrar ao Brasil e ao mundo que sua irresponsabilidade não tem limites.

Na opinião da ministra, os direitos humanos só valem para aqueles que podem render algum dividendo político para o seu partido e para o pífio governo que representa, não importando o resultado de uma acusação por enquanto infundada na vida dos policiais militares para os quais ela aponta o indicador como se inquisidora fosse.

Se a grande preocupação de Maria do Rosário é levantar a bandeira dos direitos humanos e sair por aí defendendo uns e causando precipitadamente outros, que a ministra telefone para alguns dos seus companheiros de legenda e pergunte sobre a misteriosa morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André e que foi incumbido pelo PT de cobrar propinas de empresários para ajudar no financiamento da campanha do agora lobista Lula, em 2002.

Incompetente conhecida, Maria do Rosário tenta fazer do seu radicalismo utópico uma falsa aura de genialidade, quando, na realidade, tudo não passa de encenação pífia de alguém que até hoje não sabe como conseguiu o primeiro mandato. (ucho.info)

A tática da terra arrasada.

A coisa está tomando tal vulto e chegando a tal termo, que é bem provável que tenhamos de adubar o nosso solo com sangue, para ver se floresce aqui um país de respeito...
* Francisco Vianna, por e-mail,  via Grupo Resistência Democrática.

Porque hoje é Sábado, uma bela mulher.

A bela jornalista Sandra Annenberg

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

"Uma imprensa patrulhada por petralhas".

Uma imprensa patrulhadas por petralhas ninjas e por ninjas petralhas. 

Ou: Matarazzo e Serra eo jornalismo na fase surrealista.

Vamos lá, caminhando na contramão, o que, absolutamente, não me constrange. A depender de que venha na mão influente (refiro-me, nesse caso, à armação política), é mais do que uma determinação em favor dos fatos: é também uma questão de decência. 

Vi há pouco no Jornal Nacional as reportagens sobre o caso Alston, em que a Polícia Federal tenta envolver o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), e a reportagem sobre a Siemens, com que buscam atingir o ex-governador José Serra.
 

Quero aqui propor mais algumas questões para a reflexão daqueles que… estão dispostos a refletir. Os doze anos de pregação do PT e de suas franjas contra o jornalismo surtiram efeito. Não foram em vão. O partido não conseguiu fazer o tal “controle social da mídia” — não ainda —, mas lhe impôs um misto de canga ideológica com medo da independência. Como o petismo, reproduzindo palavras de um de seus, como direi?, agitadores culturais resolveu “meter a mão na merda”, o jornalismo, cumprindo o seu papel, noticiou o que apurou. E então começou a pressão: “A imprensa e tucana, é conservadora, é de direita”…
 

Essa imprensa poderia ter ignorado a gritaria dos petistas e dos sedizentes “ninjas”, mas resolveu provar a seus algozes e maus juízes que é “independente”. Numa formulação simples e exata: para demonstrar que não é antipetista, atira, se preciso, em tucanos, ainda que contra a evidência dos fatos.
 

O caso Siemens
Há gente que fez safadeza no caso Siemens? Que se apure e que a Justiça mande os culpados para a cadeia. Mas releiam a reportagem da Folha. Revejam na Internet a do Jornal Nacional.

1 – Num e-mail, um ex-diretor da empresa deixa claro que a Siemens perdeu a concorrência para a espanhola CAF e que estava disposta a entrar na Justiça (o que fez);

2 – informa que Serra teria afirmado que, se a CAF fosse desqualificada, ele cancelaria a licitação. E faria muito bem! Afinal, a Siemens havia oferecido o pior preço — diferença da ordem de R$ 200 milhões;

3 – no e-mail, o tal diretor diz que Serra teria sugerido que as empresas entrassem num acordo e que pelo menos 30% do contrato vencido pela CAF fossem repassados à empresa alemã;

4 – Serra nega ter tido esse tipo de conversa, mas nem seria preciso confiar na sua palavra. O que apontam os fatos?
a – A CAF venceu — oferecia o menor preço;
b – não houve a divisão do contrato; a Siemens não executou os tais 30%;
c – ao contrário, a Siemens recorreu à Justiça — e enfrentou, do outro lado, o governo do Estado; foi derrotada no STJ;
d – a empresa alemã também entrou com recursos administrativos, na esfera governamental. Foram negados.
 

Atenção, meus caros!
 

A investigação que se faz no Cade é a de formação de um suposto cartel, originado lá no governo Mário Covas. Muito bem: no caso em questão, o que se vê é, nitidamente, uma… ação anticartel!!! É de uma evidência cristalina.
 

Mas e o e-mail?
Mas e o e-mail do tal diretor a seus superiores? Um e-mail comporta qualquer coisa. O sujeito poderia apenas estar tentando convencer os chefes de que estava lutando para ganhar o contrato, de que estava fazendo as negociações etc. A investigação em curso sugere que a Siemens pagou propina a funcionários do governo paulista. Eu estou enganado, ou a ação de Serra, AO CUMPRIR A LEI E OS TERMOS DA LICITAÇÃO, contrariou os interesses da empresa alemã? Está sendo acusado de quê?
 

Cumpre informar aos leitores: em tempos menos obscurantistas, de valores mais claros, essa reportagem seria derrubada antes mesmo de ser escrita. Porque envolve os tucanos? Não! Porque não existe nada — não nesse caso ao menos — além de especulação. OS FATOS QUE O E-MAIL DENUNCIA ESQUECERAM-SE DE ACONTECER.
 

Estou disposto a aprender. É possível que a Folha ou o Jornal Nacional tenham boas respostas para o que segue. Se houver, gostaria de ler. O tal diretor, no e-mail, diz que Serra chegou a propor um acerto. O ex-governador nega. Ok. Até aí, teríamos 1 a 1. O passo seguinte para que se saiba que tratamento dar é ver se o tal acerto denunciando (ou informado) aconteceu ou não.
 

Não! Ele não aconteceu. Não só não aconteceu como a Siemens recorreu à Justiça contra decisão do governo — e isso sugere que a empresa, quando menos, não teve a sua vontade contemplada por Serra. Como a querela envolvia um dinheirão, é razoável supor que possa ter restado algum ressentimento. É bom não esquecer que a investigação original aponta para o pagamento de propina a funcionários que teriam endossado a formação de cartel. Deve-se concluir, no caso, que Serra apanhou por ter… combatido o cartel?
 

Andrea Matarazzo
O caso de Andrea Matarazzo chega a ser mais absurdo porque as consequências já são mais graves. A Polícia Federal decidiu indiciá-lo, acusando-o de estar entre aqueles que saberiam e/ou teriam se beneficiado de supostas propinas pagas pela Alston. Já escrevi um
 post a respeito. 

Uma mensagem de diretores da Alston de 1997 fala em pagamento de propina para a Secretaria de Energia do Estado de São Paulo. O caso que serviu para a PF indiciar Matarazzo diz respeito a um contrato de R$ 72 milhões para o fornecimento de equipamentos para uma empresa chamada EPTE. Por determinação legal — e não mais do que isso —, o secretário acumula o cargo de presidente do conselho das empresas de energia: além da EPTE, também a Cesp, Tietê, Cetep, Eletropaulo, Comgás, Emae, Bandeirantes e Paranapanema. MAS ATENÇÃO! O CONSELHO NÃO INTERFERE NEM TOMA DECISÕES SOBRE ADITIVOS DE CONTRATO.
 

Ocorre que Matarazzo só se tornou secretário, por meros sete meses, em 1998. Reportagem do
 Estadão desta quinta tenta explicar o absurdo: por que o vereador foi indiciado. Reproduzo trecho: 

“A PF usa a teoria do domínio do fato contra Matarazzo. Ao justificar o indiciamento, o delegado Milton Fornazari Junior escreveu: ‘Matarazzo era secretário de Energia e pertencia ao partido político que governava São Paulo à época, motivo pelo qual se conclui pela existência de um conjunto robusto de indícios de que ele tenha se beneficiado, juntamente com o partido político, das vantagens indevidas então arquitetadas pelo grupo Alstom’”.
 

Isso não é Teoria do Domínio do Fato porcaria nenhuma! Isso é só exercício porco do direito; guarda intimidade com a chamada “responsabilização objetiva”, que é coisa própria das ditaduras. Não custa lembrar que a Teoria do Domínio do Fato ajudou a condenar José Dirceu. MAS ATENÇÃO! NUNCA NINGUÉM DISSE QUE A DITA-CUJA DISPENSA AS PROVAS. No caso do chefão petista, elas existem. No caso de Mararazzo, ele está sendo indicado porque… era secretário. E só! O presidente do conselho, como é sabido, não tem poder para assinar contratos ou para impedir que sejam assinados. Vai ver o autor da mensagem de 1997 era a Mãe Dinah das propinas e já poderia antever o que aconteceria em 1998.
 

Começo a encerrar
Tudo isso se dá, reitero, num ambiente de vazamentos de informação e quando está mais do que na cara que o petismo das sombras resolveu botar as garras de fora, já no começo da corrida eleitoral em São Paulo.

Em tempos em que a imprensa não estivesse sob pressão, escandalosamente patrulhada para provar que “ninguém presta”, tais coisas não aconteceriam. Mas que não se culpe só a petezada por isso, não! O jornalismo que se deixa patrulhar é tão responsável pelas reputações de inocentes que massacra quanto aqueles que o fazem por razões político-ideológicas.
 

É inútil, reitero, tentar me patrulhar nos comentários. Se houve safadezas nos casos Alston e Siemens, que se apure, que se denuncie, que a Justiça, quando chegar a hora, puna os responsáveis. Mas não vou, sob nenhuma hipótese, coonestar essas barbaridades. E não vou porque não aceito que petralhas e ninjas — ou que ninjas petralhas — sejam os meus juízes. Não lhes devo satisfações nem quero que eles tenham um bom juízo a meu respeito. Não vou provar a vagabundos, financiados com dinheiro público, a minha honestidade, queimando, para tanto, a reputação alheia. Seria indecente! Para encerrar mesmo: o processo no Cade, segundo José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça, continua sob sigilo, tá, pessoal? Vamos ver que outros vazamentos selecionados reserva a sexta-feira…
 

O PT voltou.
 

*Por Reinaldo Azevedo

Chacina em São Paulo. Para refletir.



Um menino que não tinha problemas comportamentais e elogiado pelos professores. Um garoto de 12 anos sem nenhum traço de bipolaridade, esquizofrenia, psicopatia e/ou psicose. Não sabia lidar com armas. Era um garoto alegre e sociável.
Cinco pessoas foram mortas. Isso é, um garoto sozinho, subjugou 5 pessoas. Enquanto ele atirou em um, os outros ficaram esperando.
Lembrando que, quando uma pessoa da um tiro na própria cabeça ou no próprio ouvido, a tendência clara é o corpo cair para o lado oposto, em torno de 35 cm a 50 cm da arma. Afinal o impulso do impacto do tiro faz a pessoa ir para o lado oposto do tiro.

Se, por um exemplo, os pais foram mortos primeiros, porque a tia e a tia-avó continuaram deitadas? Se a tia e a tia-avó foram mortas primeiro, porque os pais não fizeram nada?

Tiros de precisão na cabeça. Um menino de 12 anos, que esta matando os familiares, não dará, tiro de precisão na cabeça. Geralmente, filhos e/ou pais que matam seus entes, atiram no coração e, quando o tiro é na cabeça, é impreciso. Tem a "marca" do recuo da própria pessoa. Há hesitação na hora do tiro.
É mais fácil culpar quem não pode se defender (afinal ele já morreu) do que apontar o real culpado, BLINDADO PELA MÍDIA.

Um menino de 12 anos monta toda uma cena, mata 5 pessoas com tiros na cabeça, é destro - fato constatado pela família - (e o tiro foi da esquerda para direita) dirige um carro e estaciona na porta da escola, volta e se mata?
O fato da porta não estar arrombada e sim aberta é facilmente explicado. Há duas hipóteses: A primeira é que a própria família abriu a porta por conhecer seu algoz. A segunda é: Na hora que alguém estava chegando, o algoz rendeu a pessoa e entrou junto."

*Coronel Telhada, por e-mail, via Grupo resistência Democrática
COMENTÁRIO: Segundo o Portal Rede TV : A Polícia Civil de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (7) que não possui imagens de câmeras de segurança de ajudem a identificar Marcelo Pesseghini, de 13 anos, dirigindo o carro da mãe, a cabo da PMAndreia Pesseghini, 36 anos.
As imagens divulgadas pela polícia na última terça-feira (6) mostram o carro de Andreia chegando na escola onde seu filho estudava, na Freguesia do Ó, à 1h15 de segunda-feira (5). Depois, por volta das 6h30, um jovem, que a polícia identificou como sendo Marcelo, sai da direção onde o carro estava estacionado.Segundo o delegado do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), ItagibaFranco, as imagens mostram uma pessoa de camiseta branca passando com o veículo. Mas, depois, Marcelo sai do carro com uma jaqueta, camiseta branca e mochila.

Emergentes submergem.

As grandes estrelas da economia global nos últimos muitos anos começam a perder brilho.
As duas publicações que fazem a cabeça dos mercados e influem sobre governos no mundo inteiro acabam de decretar o fim do encantamento com os tais emergentes.
A primeira foi o "Financial Times", com um obituário curto e grosso escrito por Jonathan Wheatley. "Uma desconfortável verdade está se fazendo sentir no mundo dos investidores em mercados emergentes: está morta a história de crescimento do mercado emergente."
A "Economist" é menos dramática, mas não deixa de apontar que chegou ao fim "a dramática primeira fase da era dos mercados emergentes". Por "dramática primeira fase", entenda-se que as economias em desenvolvimento saltaram de representar 38% da produção econômica mundial para 50% na primeira década do novo século.
O Brasil, obviamente, é um dos emergentes que, agora, parecem estar submergindo -- e submergindo mais que seus pares.
Diz a "Economist": "O Brasil correu adiante com a ajuda de um boom' das commodities e do crédito doméstico; sua atual combinação de teimosa inflação e lento crescimento mostra que a velocidade-limite subjacente de sua economia é muito menor do que se pensava."
Para o meu gosto, é uma frase definitiva demais para o médio prazo. Mas, para o biênio 2012/13, é indiscutível. Não é que o Brasil esteja crescendo menos que os demais Brics, as grandes estrelas do mundo emergente até recentemente. Cresceu menos que todos os sul-americanos, que não são propriamente queridinhos dos mercados.
As estatísticas da Cepal, a comissão da ONU para a América Latina, mostram que, em 2012, o Brasil, com seu 0,9%, cresceu mais apenas que o Paraguai, que retrocedeu 1,2%. Neste ano, a previsão da entidade é de novo de penúltima colocação em crescimento, ganhando apenas da conturbada Venezuela.
O Brasil perde, portanto, até de países (Bolívia, Equador e Argentina) cujas políticas econômicas são vistas com misto de desprezo e desconfiança por agentes de mercado.
A morte da "história de crescimento" dos emergentes permite um ajuste de contas com os exageros de avaliação que marcaram seu glorioso reinado de uma década, pouco mais ou menos.
Essa história de que a China ultrapassaria fatalmente os Estados Unidos, por exemplo, já começa a ser reavaliada. De fato, a China explodiu nos últimos 20 anos, mas sua economia, se medida em paridade de poder de compra, é apenas 18% da norte-americana.
Da mesma forma, a reverência aos Brics como novo bloco de poder no planeta omitiu reiteradamente o fato de que o grupo só existe como sigla, não como coletivo que atua em conjunto.
Sem esquecer que a China é estrondosamente mais forte que seus quatro sócios. Para ficar em um só indicador: as reservas internacionais dos Brics são imponentes (US$ 4,6 trilhões), mas três quartos delas (US$ 3,5 trilhões) pertencem a um só país, obviamente a China.
Só espero que não se caia no exagero oposto, de dar os emergentes como inutilidades. Continuarão crescendo, menos, mas crescendo.
* Texto por Clóvis Rossicrossi@uol.com.br - Na Folha de São Paulo

Cineasta rompe o silêncio e denuncia como trabalha o “Fora do Eixo”, a seita que está na raiz da “Mídia Ninja”: ela acusa a exploração de mão de obra similar à escravidão, a apropriação indébita do trabalho alheio e ódio à cultura e aos artistas.


Beatriz Seigner: cineasta rompe o silêncio e denuncia os métodos com os quais operam o Fora do Eixo e Pablo Capilé.Beatriz Seigner é cineasta (“Bollywood dreams — Sonhos bollywoodianos”). Uma rápida pesquisa no Google indica a sua intimidade com a área. Ela postou no Facebook um impressionantedepoimento sobre a sua experiência com o tal “Fora do Eixo” — a ONG (ou sei lá que nome tenha) comandada por Pablo Capilé, o chefão do grupo que está na origem da tal “Mídia Ninja”, que vem sendo reverenciada por alguns bobalhões da imprensa como a nova, moderna e mais aguda expressão do jornalismo.O depoimento é longuíssimo, mas vale a pena ler. Beatriz sustenta, e os fatos que ela elenca parecem lhe dar razão, que o tal Capilé é uma espécie de chefe de uma seita. O jornalismo investigativo, se quiser, pode fazer a festa. A Mídia Ninja — que parecia tanger todas as cordas do lirismo, coisa de jovens ousados dispostos a afrontar os limites do conservadorismo —, como se pode depreender do texto de Beatriz, é uma máquina ideológica muito bem organizada, azeitada, que obedece ao comando político de um líder acima de qualquer questionamento: Capilé.Em seu depoimento, Beatriz acusa o Fora do Eixo — que não tem existência legal e não pode, portanto, ser acionado na Justiça — de: - apropriar-se indevidamente do trabalho dos artistas; - de explorar uma forma moderna — ou “pós-moderna” — de mão de obra escrava; - de passar a patrocinadores públicos e privados informações falsas sobre a real dimensão do Fora do Eixo; - de ameaçar as pessoas que tentam se desligar do grupo.Uma seita Eu, confesso, ignorava — e não havia lido isso em lugar nenhum — que o Fora do Eixo mantém “casas”, onde, vejam só, moram pessoas mesmo, mais ou menos como essas seitas religiosas que estimulam os jovens a abandonar a família.Segundo Beatriz, esses moradores não recebem salário nenhum — vivem com o que lhes fornece o “coletivo” — e se dedicam integralmente ao Fora do Eixo: não têm individualidade, não assinam seus trabalhos, não põem sua marca pessoal em nada. Se deixam a casa, saem sem nada. 
Isso tem explicação. A cineasta acusa Capilé de ter enorme desprezo pela arte e pelos artistas — parece que esse rancor é especialmente devotado aos livros (“uma tecnologia ultrapassada”), em particular aos clássicos. Os abduzidos do Fora do Eixo, que entregam graciosamente a sua mão de obra a Capilé, não têm tempo de usufruir de bens culturais nem acham isso necessário: tudo pela causa.

                       
Capilé: incentivador da cultura ou chefe de uma seita que explora trabalho similar à escravidão? 


Neste primeiro post (ainda volto ao assunto), seleciono alguns trechos do depoimento de Beatriz. Leiam. É estarrecedor.
O primeiro contato com o “Fora do Eixo” Conheci um representante da rede Fora do Eixo durante um trajeto de ônibus do Festival de Cinema de Gramado de 2011, onde eu havia sido convidada para exibir meu filme “Bollywood Dream – O Sonho Bollywoodiano” e ele havia sido convidado a participar de um debate sobre formas alternativas de distribuição de filmes no Brasil. Meu filme havia sido lançado naquele mesmo ano no circuito comercial de cinemas, em mais de 19 cidades brasileiras, distribuído pela Espaço Filmes, e o rapaz me contava de como o Fora do Eixo estava articulando pela internet os cerca de 1000 cineclubes do programa do governo Cine Mais Cultura, assim como outros cineclubes de pontos de cultura, escolas, universidades, coletivos e pontos de exibição alternativos, que estavam conectados à internet nas cidades mais longínquas do Brasil, para fazerem exibição simultânea de filmes com debate tanto presencialmente, quanto ao vivo, por skype. Eu achei a ideia o máximo. Me disponibilizei, a mim e ao meu filme para participar destas exibições (…)
Remuneração? Com relação à remuneração eles me explicaram que aquele ainda era um projeto embrionário, sem recursos próprios, mas que podiam pagá-lo com “Cubo Card”, a moeda solidária deles, que poderia ser trocada por serviços de design, de construção de sites, entre outras coisas. Já adianto aqui que nunca vi nem sequer nenhum centavo deste cubo card, ou a plataforma com ‘menu de serviços’ onde esta moeda é trocada. E fiquei sabendo que algumas destas exibições com debate presencial no interior de SP seriam patrocinadas pelo SESC – pois o SESC pede a assinatura do artista que vai fazer a performance ou exibir seu filme nos seus contratos, independente do intermediário. E só por eles pedirem isso é que fiquei sabendo que algumas destas exibições tinham sim, patrocinador. Fui descobrir outros patrocinadores nos pôsteres e banners do Grito Rock de cada cidade. Destes eu não recebi um centavo.
Os sustos de Beatriz Meu primeiro susto foi quando perguntaram se podiam colocar a logomarca deles no meu filme – para ser uma ‘realização Fora do Eixo’, em seu catálogo. Eu disse que o filme havia sido feito sem nenhum recurso público e que a cota mínima para um patrocinador ter sua logomarca nele era de 50 mil reais. Eles desistiram.
O segundo susto veio justamente na exibição com debate em um SESC do interior de SP, quando recebi o contrato do SESC, e vi que o Fora do Eixo estava recebendo por aquela sessão, em meu nome, e não haviam me consultado sobre aquilo. Assinei o contrato minutos antes da exibição e cobrei do Fora do Eixo aquele valor descrito ali como sendo de meu cachê, coisa que eles me repassaram mais de 9 meses depois, porque os cobrei, publicamente.
O terceiro susto veio quando me levaram para jantar na casa da diretora de marketing da Vale do Rio Doce, no Rio de Janeiro, onde falavam dos números fabulosos (e sempre superfaturados) da quantidade de pessoas que estavam comparecendo às sessões dos filmes, aos festivais de música, e do poder do Fora do Eixo em articular todas aquelas pessoas em todas estas cidades. Falavam do público que compareciam a estas exibições e espetáculos como sendo filiados a eles. Ou como se eles tivessem qualquer poder sobre este público.
O mundo do pensador Capilé. Ou: Ele precisa de duto, de esgoto Foi aí que conheci pela primeira vez o Pablo Capilé, fundador da marca/rede Fora do Eixo (…). Até então haviam me dito que a rede era descentralizada, e eu havia acreditado, mas imediatamente, quando vi a reverência com que todos o escutam, o obedecem, não o contradizem ou criticam, percebi que ele é o líder daqueles jovens e que, ao redor dele, orbitavam aqueles que eles chamam de “cúpula” ou “primeiro escalão” do FdE.
(…) Capilé dizia que não deveria haver curadoria dos filmes a serem exibidos neste circuito de cineclubes (…) e que ele era contra pagar cachês aos artistas, pois, se pagasse, valorizaria a atividade dos mesmos e incentivaria a pessoa “lá na ponta” da rede, como eles dizem, a serem artistas e não “DUTO”, como ele precisava. Eu perguntei o que ele queria dizer com “duto”, ele falou sem a menor cerimônia: “Duto, os canos por onde passam o esgoto”.
Eu fiquei chocada. Não apenas pela total falta de respeito por aqueles que dedicam a maior quantidades de horas de sua vida para o desenvolvimento da produção artística (e, quando eu argumentava, isso ele tirava sarro dizendo “todo mundo é artista”’ao que eu respondia “todo mundo é esportista também”) (…)
Ódio à cultura e aos livros E o meu choque, ao discutir com o Pablo Capilé, foi ver que ele não tem paixão alguma pela produção cultural ou artística, que ele diz que ver filmes é “perda de tempo”, que livros, mesmo os clássicos (que continuam sendo lidos e necessários há séculos), são “tecnologias ultrapassadas” e que ele simplesmente não cultiva nada daquilo que ele quer representar. Nem ele nem os outros moradores das casas Fora do Eixo (já explico melhor sobre isso).
Ou seja, ele quer fazer shows, exibir filmes, peças de teatro, dança, simplesmente porque estas ações culturais/artísticas juntam muita gente em qualquer lugar, que vão sair nas fotos que eles tiram e mostram aos seus patrocinadores dizendo que mobilizam “tantas mil pessoas” junto ao poder público e privado, e que por tanto, querem mais dinheiro, ou privilégios políticos.
A manipulação Vejam que esperto: se Pablo Capilé disser que vai falar num palanque, não iria aparecer nem meia-dúzia de pessoas para ouvi-lo, mas se disserem que o Criolo vai dar um show, aparecem milhares. Ou seja, quem mobiliza é o Criolo, não ele. Mas, depois, ele tira as fotos do show do Crioulo, e vai na Secretaria da Cultura dizendo que foi ele e sua rede que mobilizou aquelas pessoas. E assim, consequentemente, com todos os artistas que fazem participação em qualquer evento ligado à rede FdE. Acredito que, como eu, a maioria destes artistas não saiba o quanto Pablo Capilé capitaliza em cima deles e de seus públicos.
As planilhas [Capilé] diz que as planilhas do orçamento do Fora do Eixo são transparentes e abertas na internet, sendo isso outra grande mentira deslavada — tais planilhas não se encontram na internet, nem os próprios moradores das casas Fora do Eixo as viram ou sabem onde estão. Em recente entrevista no Roda Viva, Capilé disse que arrecadam entre 3 e 5 milhões de reais por ano. Quanto disso é redistribuído para os artistas que se apresentam na rede? O último dado que tive é que o Criolo recebia cerca de 20 mil reais para um show com eles, enquanto outra banda desconhecida não recebe nem 250 reais, na casa FdE São Paulo.
Os patrocinadores Mas seria extremamente importante que os patrocinadores destes milhões exigissem o contrato assinado com cada um destes artistas, baseado pelo menos no mínimo sindical de cada uma das áreas, para ter certeza de que tais recursos estão sendo repassados, como faz o SESC.
A seita tem “casas”. Ou: Trabalho similar à escravidão? Depois desse choque com o discurso do Pablo Capilé, ainda acompanhei a dinâmica da rede por mais alguns meses (foi cerca de 1 ano que tive contato constante com eles), pois queria ver se esse ódio que ele carrega contra as artes e os artistas era algo particular dele, ou se estendia à toda a rede. Para a minha surpresa, me deparei com algo ainda mais assustador: as pessoas que moram e trabalham nas casas do Fora do Eixo simplesmente não têm tempo para desfrutar os filmes, peças de teatro, dança, livros, shows, pois estão 24 horas por dia, 7 dias por semana, trabalhando na campanha de marketing das ações do FdE no Facebook, Twitter e demais redes sociais.
E como elas vivem e trabalham coletivamente no mesmo espaço, gera-se um frenesi coletivo por produtividade, que, aliado ao fato de todos ali não terem horário de trabalho definido, acreditarem no mantra “trabalho é vida” e não receberem salário — e, portanto, se sentirem constantemente devedores ao caixa coletivo, da verba que vem da produção de ações que acontecem “na ponta”, em outros coletivos aliados à rede — faz com que simplesmente, na casa Fora do Eixo em São Paulo, não se encontre nenhum indivíduo lendo um livro, vendo uma peça, assistindo a um filme, fazendo qualquer curso, fora da rede. Quem já cruzou com eles em festivais nos quais eles entraram como parceiros sabem do que estou falando: eles não entram para assistir a nenhum filme, nem assistem/participam de nenhum debate que não seja o deles. O que faz com que, depois de um tempo, eles não consigam falar de outra coisa que não seja deles mesmos. (…)
Expropriação do trabalho (…) reparei que aquela massa de pessoas que trabalham 24 horas por dia naquelas campanhas de publicidade das ações da rede FdE não assinam nenhuma de suas criações: sejam textos, fotos, vídeos, pôsteres, sites, ações, produções. Pois assinar aquilo que se diz, aquilo que se mostra, que se faz, ou que se cria é considerado “egóico” para eles. Toda a produção que fazem é assinada simplesmente com a logomarca do Fora do Eixo, o que faz com que não saibamos quem são aquele exercito de criadores, mas sabemos que estão sob o teto e comando de Pablo Capilé, o fundador da marca.
Sem existência legal (…) a marca do fora do Eixo não está ligada a um CNPJ, nem de ONG, nem de Associação, nem de Cooperativa, nem de nada — pois, se estivesse, ele [Capilé] seguramente já estaria sendo processado por trabalho escravo e estelionato (…) por dezenas de pessoas que passaram um período de suas vidas nas casas Fora do Eixo e saem das mesmas ao se deparar com estas mesmas questões que exponho aqui, e outras ainda mais obscuras e complexas.
Os escravos (…) o que talvez seja mais grave: os que moram nas casas Fora do Eixo abdicam de salários por meses e anos — e, portanto, não têm um centavo ou fundo de garantia para sair da rede. Também não adquirem portfólio de produção, uma vez que não assinaram nada do que fizeram lá dentro – nem fotos, nem cartazes, nem sites, nem textos, nem vídeos. E, portanto, acabam se submetendo àquela situação de escravidão (pós)moderna simplesmente porque não veem como sobreviver da produção e circulação artística fora da rede.
Capilé incentiva que se abandone a universidade Muitas destas pessoas são incentivadas pelo próprio Pablo Capilé a abandonar suas faculdades para se dedicarem integralmente ao Fora do Eixo. Quanto menos autonomia intelectual e financeira estas pessoas tiverem, melhor para ele.
Medo da retaliação: o poder de Capilé E, quando algumas destas pessoas conseguem sair, pois têm meios financeiros independentes da rede FdE para isso, ficam com medo de retaliação, pois veem o poder de intermediação que o Capilé conseguiu junto ao Estado e aos patrocinadores de cultura no país, e temem ser “queimados” com estes. Ou mesmo sofrer agressões físicas. Já três pessoas me contaram ouvir de um dos membros do FdE, ao se desligarem da rede, ameaças tais quais “você está falando demais, se estivéssemos na década de 70 ou na Faixa de Gaza, você já estaria morto/a.” Como alguns me contaram, “eles funcionam como uma seita religioso-política, tem gente ali capaz de tudo” na tal ânsia de disputa por cada vez mais hegemonia de pensamento, por popularidade e poder político, capital simbólico e material, de adeptos. Por isso se calam. (…)
                   *Por Reinaldo Azevedo 

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Não é mera coincidência.

Não é mera coincidência. Esta declaração eu tirei do Grupo Resistência Democrática, do qual faço parte:

“São Caetano do Sul (SP) é o melhor município brasileiro para viver.  Seus indicadores socioeconômicos são os melhores do País. Mas qual o segredo de tamanho sucesso entre mais de 5500 municípios?  Talvez a resposta esteja nas urnas: os eleitores de São Caetano jamais elegeram um prefeito petista e a sua Câmara Municipal conta com apenas um vereador do PT.  Pode haver outras explicações, mas esta tem de ser considerada."

Gurgel pede cassação de Roseane Sarney.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu parecer favorável à cassação do mandato da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), acusada de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2010. O documento também condena seu vice Washington Luiz Oliveira (PT) pelo mesmo crime.
A decisão de Gurgel acolhe os argumentos do ex-governador do estado, José Reinaldo Tavares (PSB), que entrou com recurso contra Roseana. Segundo ele, a governadora assinou convênios com prefeituras no valor de quase R$ 1 bilhão em caráter eleitoreiro. “[Os convênios foram usados] como meio de cooptação de prefeitos e lideranças políticas e sindicais”, explicou.
Gurgel achou conveniente as provas apresentadas pela acusação, a exemplo da concentração da celebração de vários acordos nas vésperas da data da convenção partidária que homologou o nome de Roseana para disputar as eleições de 2010. Nos quatro dias antes do pleito, ela já havia assinado 670 convênios que previram a liberação de mais de R$ 165 milhões para diversos municípios do estado. O parecer de Gurgel, que tem 32 páginas, destaca ainda que “o governo do estado do Maranhão intensificou a celebração de convênios e a transferência de recursos aos municípios e entidades comunitárias no primeiro semestre do ano da eleição, especialmente no mês de junho” – todos realizados em tempo recorde.
O processo agora entrará na pauta de julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral, onde a ministra Luciana Lóssio foi designada como relatora do caso.

Dirceu tenta se safar da cadeia mais uma vez.

         Na Folha de São Paulo
A defesa do ex-ministro José Dirceu enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na semana passada, mais um documento em que questiona o julgamento do mensalão e pede ao tribunal a revisão da pena do político.

Ele e outros 24 réus foram condenados no ano passado no maior e mais longo processo da história da corte.

Para Dirceu, a pena estipulada pelo Supremo foi de dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa.

Assinado por dois advogados do ex-ministro da Casa Civil do primeiro governo Lula, o documento cita um parecer elaborado por Antonio Magalhães Gomes Filho, professor de processo penal da Universidade de São Paulo (USP).

Ele aponta omissões no julgamento do STF.

No parecer, o professor afirma que houve "dupla contabilidade" e "contradição" na aplicação dos crimes.

Ele também cita uma dúvida, exposta no julgamento e no acórdão do mensalão, sobre a data exata da morte do ex-presidente do PTB, José Carlos Martinez, em outubro de 2003.

Roberto Jefferson, que delatou o esquema em entrevista à Folha, assumiu o partido após a morte de Martinez. Conforme o parecer, a "precisão" sobre a data da morte é imprescindível para estipular a pena de corrupção ativa atribuída a José Dirceu.

No próximo dia 14, o STF voltará a se reunir para a análise dos recursos, última parte do mensalão.

Com esses questionamentos, Dirceu espera ser possível escapar do cumprimento da pena em regime fechado.

Pobres filhos de Francisco.

O governo do PT montou em dez anos uma orgia de gastos públicos sem precedentes — e sem investimentos, sem projetos. A inflação é o efeito colateral mais visível desse golpe
O Brasil sofre de orfandade crônica. Está sempre procurando um pai. De repente o país saiu às ruas, indignado. Parecia ter finalmente entendido que seus problemas não se resolvem com a aclamação de bonzinhos profissionais, e seus melodramas de esquerda. A popularidade dos governantes despencou. O povo sentira o colapso administrativo do populismo, e queria ação. Aí chegou o Papa Francisco.
Milhões de brasileiros saíram às ruas novamente, e o resto do país grudou na tela da TV. O povo revoltado com o império do blá-blá-blá estava, agora, derretido com as palavras bondosas de Francisco. Euforia geral: papai chegou. Vejam como o Papa é simples! Notem como é despojado, com seu carro modesto de janela aberta! Olhem o Papa preso no engarrafamento, sem medo do povo! Vivam os novos tempos!
É comovente ver um povo se lambuzar todo com essas esmolas de esperança.
Esmolas valiosas, aliás, para os profissionais da bondade que andavam chamuscados. Até a presidente da Argentina veio tirar foto com o sorridente Francisco em Copacabana. Cristina Kirchner acaba de vitaminar sua ditadura do bem, com poderes de intervenção estatal na mídia, enquanto sua foto com o Papa bonzinho circula em material de propaganda por todo o país. Como é barato lavar uma reputação...
Dilma Rousseff sabe disso, e também não perdeu a pechincha de Francisco: pegando uma carona na aura imaculada do santo homem, despejou um discurso petista daqueles mais satânicos, cheio de autoexaltações paranoicas e fraudes retóricas convictas. Dilma disse que as manifestações de rua são sinal de dez anos de êxito do PT. E o Papa ouviu sorridente. Deus abençoe a cara de pau.
O desfile de simplicidade e despojamento de Francisco, que custou uns 300 milhões de reais ao contribuinte, foi uma bênção para o governo popular. Não há mau humor no Brasil que sobreviva ao carnaval, e a micareta cristã veio a calhar.
Como se sabe, os brasileiros acham que ajuntamento de gente é sinônimo de grandiosidade. Da mesma forma que as passeatas contra tudo (e contra nada) foram saudadas como um novo Maio de 68, as multidões que atravancaram o cotidiano carioca em torno de Sua Santidade viraram o "show da fé", o alvorecer da boa vontade franciscana etc. De muvuca em muvuca, de mistificação em mistificação, o país vai caminhando epicamente para lugar nenhum.
Recitando sua cartilha progressista, Francisco declarou que não gosta de jovem que não protesta. Pronto: quem mandou você, estudante alienado que só pensa em estudar, ficar em casa? Está excomungado. Por que não fez como o jovem que foi à passeata em Belo Horizonte com um cartaz pedindo "Jô titular!" — um brado indignado para que Felipão escalasse o artilheiro do Atlético-MG? Esse não vai para a lista negra do Papa.
Assim é o populismo: calcula o que a multidão quer ouvir e manda bala. "Se uma pessoa é gay, busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?", disse Francisco, levando à apoteose o presépio progressista. Bem, vamos ajudar esse Papa simpaticíssimo e responder quem é ele: é o representante máximo de uma religião que não tolera as relações homossexuais. Caberia então perguntar ao novo Papa: está propondo uma mudança radical na doutrina do catolicismo? Está indicando que a Igreja deverá aceitar o sexo entre iguais, portanto sem fins reprodutivos?
Se o Papa responder que sim, estaremos diante de uma revolução. Mas se ele não responder — e ele jamais responderá —, a declaração sobre os gays terá sido só uma frase de efeito. Um truque político.
O Brasil revoltado que foi às ruas e invadiu palácios deveria estar farto de truques políticos. Deveria estar farto, ou ao menos desconfiado, de líderes que trazem o paraíso na garganta. As manifestações estouraram porque a vida piorou. E a vida piorou por causa do "show da fé" numa administração fajuta, disfarçada por alegorias e bandeirolas progressistas.
O governo do PT montou em dez anos uma orgia de gastos públicos sem precedentes — e sem investimentos, sem projetos, pura alimentação do parasitismo político. A inflação é o efeito colateral mais visível desse golpe. Mas Dilma acaba de declarar, tranquilamente, que a sua Disneylândia de ministérios não afeta as contas públicas. E que a inflação era um problema no governo Fernando Henrique, não no de Lula e no seu. O PT é especialista em falsidade ideológica por falta de contraditório. Tudo cola. A mentira progressista tem perna longa — pelo menos mais longa que a dos manifestantes ninja, que andam muito e nunca chegam.
Acaba de sair novo relatório de superfaturamento milionário no Dnit — aquele mesmo Dnit que levou à queda do ministro dos Transportes, na famosa faxina de Dilma. Isto é: a ordenha prossegue normalmente. Onde está a mídia ninja? Melhor rezar para Francisco.
* GUILHERME FIÚZA, em O GLOBO 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Um Ministro irresponsável ou apedeuta?


Padilha diz que pílula do dia seguinte previne AIDS, hepatite e aborto.
Como muito bem disse um colega: "Vindo de médico, isso seria um absurdo. Vindo de médico que se diz infectologista, é mais ainda. E vindo do Ministro da Saúde, é aterrorizante."
jovempan.uol.com.br

Falta vergonha?

O senador Lobão Filho (PMDB-MA é um exemplo escarrado desta época em que a falta de vergonha na cara virou a regra, e não digo isso só me referindo aos políticos não...mas estes, ao menos, deveriam ser a exceção à norma quando na verdade, são os parâmetros a guiar a sociedade neste tempo sombrio.
Para melhor facilitar a vida dos seus pares, o senador Lobão Filho,  relator das mudanças a serem inseridas no ato de juramento de posse dos ilustres senadores , achou por bem retirar da proposta do novo regimento tudo aquilo que lhes dificultasse o exercício do cargo: a promessa de se comprometer com a ética na atividade política, e a declaração obrigatória dos bens de parentes até o segundo grau, os tais parentes laranjas que , por um agrado , permitem colocar bens adquiridos pelos políticos em seus nomes. Quanto à ética, ele diz que ela não passa de um conceito subjetivo, portanto,  não é necessário se comprometer com a ética...e quanto aos bens, definiu a medida como invasão de privacidade. Razão ele tem: a ética pode ser subjetiva e mudar e se adequar aos novos tempo: mas a Moral não, esta é pautada em verdades perenes...e acredito que o senador Lobão Filho não se ofenderá se eu o qualificar de amoral...alguém que não tem em conta ou está completamente fora da noção de moral e seus valores , tais como a honestidade, a justiça e os bons costumes. Nossa Constituição é pautada na ética ou na Moral?
*Texto por Mara Montezuma Assaf, via Grupo Resistência Democrática

Os políticos não usam o SUS.

Além de Lula, os Senadores também tem a mordomia do tratamento médico no Sírio-Libanês
O Hospital Sírio-Libanês parece que faz mesmo jus ao apelido dado nas redes sociais de “SUS dos Políticos”. O Senado mantém um contrato semestral, no valor de R$ 5 milhões, para atendimento VIP e de emergência aos parlamentares que ficam doentes. O mais recente acordo foi renovado, recentemente, pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros.
Embora também tenha uma unidade em Brasília, os políticos que necessitam de assistência médica preferem se socorrer, mais longe dos holofotes do poder, na sede do Sírio-Libanês, no bairro classe A dos Jardins, em São Paulo. Foi o recente caso do ex-Presidente da República e do Senado, o imortal José Sarney, vítima do mordaz mosquito da dengue maranhense.
A família do Sarney (um hipocondríaco confesso) preferiu o desgaste político de removê-lo de um hospital em seu estado natal para o Sírio – que tem fama de milagres, como a cura dos cânceres presidenciais - de laringe contra Luiz Inácio e do linfático contra Dilma. Sarney continua internado na unidade semi-intensiva do Sírio-Libanês, sem previsão de alta, tomando antimicrobianos por via venosa.
Os políticos tupiniquins adoram tirar proveito do máximo de privilégios aos quais o falido sistema democrático do Brasil lhes dá “direito”. Recentemente, também esteve internado no Sírio-Libanês, para uma cirurgia cardíaca de emergência, o deputado federal José Genoíno – um dos condenados no julgamento do Mensalão e que terá de tomar muita medicação para controlar a pressão arterial faltando poucos dias para a apreciação dos recursos (os embargos declaratórios e infringentes) que podem salvá-lo ou não.
O Hospital Sírio-Libanês é uma empresa filantrópica. Em 1921, um grupo de idealistas e abnegadas mulheres integrantes da primeira geração de imigrantes sírios e libaneses vindos ao Brasil fundou a Sociedade Beneficente de Senhoras. O objetivo desse grupo, liderado por dona Adma Jafet, era oferecer a São Paulo um centro de assistência médica à altura da importância da cidade.
Toda vez que um importante político é internado no renomado hospital paulistano fica no ar uma pergunta sempre sem resposta. Quem está pagando a cara conta dos serviços médicos. Tudo indica que não seja o mesmo Sistema Único de Saúde que atende aos cidadãos normais que não podem pagar os caríssimos planos de saúde – nem sempre eficientes em suas coberturas de internação e exames.
Agora, com a revelação do convênio com o Senado – que pode ser classificável como uma “filantropia” para o hospital classe A – descobre-se mais uma vantagem de ser político no Brasil, além dos altos salários, empreguismo de familiares e cabos eleitorais, privilégios mil e outras “vantagens” ocultas ao cargo público.